Tenho vontade de escrever e a quantidade de coisas que me vem a cabeça para falar é inacreditável, palavras que se ditas talvez fossem pior que o meu silencio, pensamentos inquietos em minha mente, e quando escurece sinto como se o sol se dissolvesse dentro de mim, me deixando no escuro, me confundindo e enfim me enlouquecendo, e começo a ver uma profundidade não existente em atos e palavras, penso em soluções insanas, mas que, naquele momento, me satisfazem deixando meu coração respirar e meu corpo adormecer.

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Vejo pessoas tentando se enganar, conformando-se com mentiras que elas mesmas transvestem de verdades, tais “verdades” que depois de certo tempo, realmente conseguem para a mente das mesmas virarem verdadeiras, explicam coisas pra si que não há uma explicação, a nao ser a mais óbvia e mais dura de se ver, ouvem mas nao escutam… então cá estamos nós, cada um na sua verdade, cada um em seu mundo paralelo, com fontes inesgotáveis de maravilhas falsas.

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Falta-me a inspiração, falta-me a vida, da minha mente saem apenas palavras, sem nexo, apenas projetos de pensamentos e de vontades, vejo tudo a minha volta e parece perder o brilho, a paciencia me deixou e nem ao menos mandou notícia, a maquiagem foi deixando seu rastro junto com as lágrimas, o copo está no fim e o cigarro, filho único, queimou-se todo… vejo tudo sumir, assim como meus sentimentos de esperança. Bem vinda, solidão.

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Que dia é hoje? Dia 17? Tive a tarde mais solitária e deprimente de minha vida. Meu lugar vazio e sozinho a mesa eu tomei, era uma mesa para seis aonde só um estava sentado, eu, olhei para o lugar do meu pai, e senti saudades dele, quando ele pedia para que passassem a comida para ele, ou da minha mãe fofocando meus podres para ele, ou da minha irmã derrubando comida na mesa, uma lagrima me escorreu, alias, estava eu, sozinho, ou quase sozinho, o vento gelado que batia na minhas costas me fazia companhia, minha comida não tinha gosto, estava comendo por inércia, assim como estou nas ultimas semanas, por inércia, hora no meu quarto, hora no chão do banheiro, aonde estão meus vinte melhores amigos? Hoje ainda perdi minha namorada, é. Por que alguém não bate na minha porta e me faz sorrir? Por que assim tão sozinho? Ouço o som do carro do meu pai... já passou... Eu que tinha tudo e não era feliz. Muito prazer, meu nome é otário.

Erik.

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Que sentimento é esse? Que me rasga a alma, é como uma doença perigosa, às vezes fica inativa, mas quando dou por mim, ele está lá, me desnorteando e fazendo-se notar, isso foge de mim, dos meus limites e do meu querer, não posso falar que te amo, porque seria hipocrisia, mas te quero, não vulgarmente, te quero do jeito mais sincero e puro, por que você não vem para o meu mundo? Isso me perturba, você não é pertencente do meu comum, e, infelizmente, a cada dia isso fica mais intenso dentro de mim, por que o difícil me alucina tanto? Quero te desvendar e te fazer meu.

Hannah C.

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Per cá,

Per cá,

Eu queria tanto você, mas tanto, que eu nem sei como fui capaz de me iludir assim, eu sempre te quis, essa é a verdade, mesmo com outra, eu queria você, mas finjia que não, me convencia que não, e não te ouvia, mas o mundo da voltas.
Eu queria que você enxergasse tudo isso, eu queria que você me enxergasse, queria te passar o que eu sinto. Desculpe-me por tudo, por ter chegado a esse ponto, estava tudo em meus olhos, em mim, em tudo, só você não viu, eu lutaria guerras infinitas por você, enfiaria agulhas em mim, trancaria meu coração por você, te esperaria o quanto fosse preciso, porque eu saberia que era por você, e isso me bastaria.
Não sei como descrever isso, é como se tivesse pisado em mim, como se tivessem me tirado a alma pela garganta, estou desnorteado, estou aqui por inércia, não faz sentido. Se antes eu tinha duvida, agora eu sei, Eu te amo.
Poderia ser a historia mais linda, poderia ser simples, poderia ser para você que eu sorriria, poderia ser por você que eu mudaria, poderia ser por você que eu diria “te amo”, poderia ser duradouro, poderia ser verdade, poderia ser eu e você.

Per cá, mas um pedaço de mim, ficou

Erik.

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